DIVERSIDADE É A CELEBRAÇÃO DOS 75 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Durante o mês de dezembro e especificamente no dia 10 de dezembro celebramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Essa data é importante especialmente agora quando completamos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O contexto amplo do pós 2ª Guerra Mundial é bastante significativo para atividade do turismo como a vivenciamos hoje. Assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos é ferramenta fundamental para que a atividade turística ocorra de maneira ampla e segura. Uma das principais características da declaração é de como interfere diretamente na atividade turística reconhecendo liberdades individuais intrínsecas a todos os seres humanos.
A declaração é um compromisso universal e reconhece a singularidade de cada ser humano e toda a sua pluralidade. Celebra ainda nossas semelhanças entre iguais diante de direitos que são fundamentais a todas as pessoas, independente de suas características individuais.
A declaração vem com uma nova perspectiva sobre uma visão ultrapassada de que todas as pessoas deveriam ser iguais em formato absoluto, ou seja, muito semelhante a visões que pouco antes da declaração teriam espaço em regimes totalitários que tentaram eliminar populações e pessoas divergentes e diversas.
A declaração em si é uma celebração da diversidade humana e de como as pessoas, independente de suas características pessoais e de suas percepções diante do mundo, são merecedoras de tratamentos dignos.
Atividade do turismo em sí é uma celebração da paz, da integração e da liberdade. Não há atividade turística sustentável onde há preconceito e a violência. Nós identificamos atividades turísticas degradativas quando há uma visão massificada, e portanto, invasiva, agressiva e totalitária desta atividade econômica.
Há um movimento hoje no turismo, semelhante ao que vem acontecendo principalmente desde os anos 2000, em que todas as atividades econômicas vem buscando um caminho por mais sustentabilidade social e ecológica, mas a também uma compreenssão de que a sustentabilidade econômica está diretamente ligada a nossa própria sobrevivência como espécie e civilizacão. Compreender o turismo diverso que abarque todas as características e todas as percepções de mundo de maneira respeitosa, é também compreender a atividade do turismo como algo mais responsável e como ferramenta integradora de culturas, e construtora de missões de paz.
Quando falamos de diversidade não estamo falando de alguns grupos específicos de populações minorizadas, mas estamos falando de todas as pessoas que compartilham impressões e características fundamentais de dignidade, e que podem ser segmentadas de diferentes formas e compreensões.
Todas essa segmentações possuem interseccionalidades, portanto, todas elas são representantes de diferentes grupos e se cruzam nesta representação. Pensar a população e a humanidade de forma estritamente por etiquetas compartimentadas, é uma forma excludente. É preciso pensar que a autenticidade também existe na interrelação de mundos, pessoas e percepções. É preciso deixar um pensamento míope e raso no passado.
Ao iniciar a celebração de 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é importante regressarmos a suas bases e aos seus conceitos originais. Fazer uma reflexão do que queremos como atividade turística e o que queremos como seres humanos: todos singulares que participam e coexistem da mesma comunidade global.
