MUSEUS SUBMARINOS - TENDÊNCIA MUNDIAL NO TURISMO DE MERGULHO
Museus submarinos são diferentes de afundamentos de objetos como barcos e aviões para virar atrativos de mergulho. Museus submarinos consistem no afundamento de obras de arte feitas para este fim e, como arte, com a intenção clara de provocar emoções e sentidos dos visitantes.
Concebidos como lugares para promover a educação, preservar e proteger o ambiente marinho e natural como parte integrante do sistema de valores humanos, os museus submarinos têm sido construídos ao redor do mundo como forma também de incentivar o turismo de mergulho e fomentar economias locais.
México, França, Rússia, Turquia, Croácia, Austrália e Grécia são os destinos que inovaram apostando nas artes submersas e as imagens que se espalham pela internet ajudam a promover os destinos muito além do fundo do mar.
A nova regulamentação do IBAMA sobre o tema, publicada em 2021, desmistificou a ideia de que era impossível obter a autorização para os afundamentos, mudando a compreensão de zero impacto para mínimo impacto, já que é impossível qualquer ação sem nenhum impacto. Ao mesmo tempo, já existem entendimentos inclusive dos órgãos ambientais do Estado de São Paulo, sobre o impacto positivo das instalações para evitar a pesca de arrasto.
Na vanguarda como sempre, o artista plástico Gilmar Pinna propôs suas obras em aço inox, completamente inofensivas em termos de resíduos, para instalar o primeiro museu submarino do Brasil. A inovação, além do material, vem em colocar as obras em tal profundidade que seja possível visitar com os novos barcos de fundo transparente, além de mergulhando. O formato gera mídia ao destino que acolher mas gera também renda direta aos trabalhadores do turismo náutico da região.
Resta agora saber qual destino turístico será o pioneiro no Brasil.