NAVEGAR É PRECISO, NÃO SEJAMOS NEGACIONISTAS
Se não fossem as navegações, a ciência exata de compreender trigonometria, física, meteorologia, geografia, biologia, astronomia etc para usar a força da natureza em veleiros que transportaram os antigos navegadores, mesmo que eles não nominassem essas ciências, o mundo não teria evoluído.
Foi navegando que expandimos territórios e consciência. É hoje navegando que exportamos cerca de 15% do total brasileiro do comércio exterior. E, cá entre nós, poderia ser muito mais, dado nossa condição geográfica e tamanho da costa. Poderíamos também utilizar muito mais o transporte fluvial, eliminando trânsito, desgaste das rodovias e poluição.
E falando de turismo e lazer, o potencial imenso que é desperdiçado dia após dia, por pura ignorância de uma sociedade que resolveu dar as costas para as águas e não assumir seu uso.
Regras complexas de uma Marinha que é destinada a cuidar de defesa e mercado e a quem foi incumbida a tarefa de também fiscalizar esporte e lazer, até mesmo em represas e de uma administração ambiental que não coloca na balança o custo / benefício entre os outros modais e o transporte aquaviário, tornando toda intervenção de infraestrutura na água potencialmente criminosa.
Pois bem, se não para falar de uma via de comércio nacional e internacional, se não para falar de uma via de transporte de pessoas, se não para falar de um mercado pulsante de turismo e lazer que emprega mais do que qualquer outro no Brasil. falemos de segurança e desastres climáticos:
Faremos um ano do triste desastre que assolou São Sebastião, em uma Vila distante 44 km do centro, mais de uma hora pela rodovia que ficou interditada em dias que o céu mal permitia vôos de helicóptero. Muito socorro chegou pelo mar. Foi navegando e utilizando piers públicos e privados que profissionais, materiais e itens de subsistência chegaram até as vítimas.
Se faltava algo para revermos nossos conceitos sobre investir e deixar investir em infraestrutura para navegação, nada mais há a ser dito. Pode-se negar. Negar a ciência da navegação como se nega outras ciências. Mas não pode se negar fatos humanitários.