O GPS aplicado ao Turismo


Iniciando este artigo, vou relatar uma breve história pessoal, que faz sentido e colabora com o tema escolhido.


Em 1992, aos 10 anos de idade, fiz minha primeira viagem para o litoral paulista. Meus pais e parentes programaram essas férias com antecedência de 6 meses. Lembro do meu tio - o motorista mais experiente (lendo com entusiasmo aquele mapa que vinha na Revista Quatro Rodas), contando que perguntara a todos os seus amigos caminhoneiros qual a melhor rota para chegar até São Paulo, atravessar a marginal e descer a serra, sempre desconfiado e projetando que algum empecilho poderia dificultar o trajeto. Já em viagem, o momento mais crítico foi quando chegamos em São Paulo e entramos na marginal, tudo ali muito mal sinalizado com muitos desvios, enfim, depois de algumas horas, saímos do sufoco e conseguimos pegar a Imigrantes descendo a Serra do Mar até chegarmos no Guarujá.


A 30 anos atrás era tudo mais difícil quando se falava em viajar. Ir para uma cidade maior como São Paulo por exemplo, para muitas pessoas, era um “bicho de sete cabeças”, pois não se tinha referência alguma de local, direção e deslocamento de forma digital, apenas através de mapas impressos ou folhetos.


Com a invenção do GPS na década de 70-80 (apenas para uso militar) e seu aperfeiçoamento (em 1992 - os primeiros começaram a ser instalados em caminhões para o rastreio de cargas valiosas), sua liberação no Brasil, para uso civil, somente ocorreu no ano 2000 e após declarado operacional, depois de 20 anos, essa tecnologia é tão imperativa que já faz parte de um simples smartphone.


O Turismo, uma das maiores atividades econômicas do mundo se beneficiou grandemente com o emprego de recursos tecnológicos como o GPS e sistemas que demonstram os pontos turísticos, aliado, sem dúvida, a outras tecnologias. Aplicativos de celulares são as ferramentas mais usadas para direcionar o turista através de uma rota, conduzindo-o ao seu destino final.


O GPS pode ser aplicado ao turismo de várias formas, como por exemplo no planejamento e gestão do turismo, usando geoprocessamento e geotecnologias para analisar o potencial, a capacidade e os impactos do turismo em uma região, na navegação e localização de atrativos turísticos, para orientar os visitantes em áreas naturais ou urbanas, sem a necessidade de internet, como dito acima, e também na formatação de roteiros turísticos, para criar e seguir rotas personalizadas, baseadas na história, na cultura e na natureza dos destinos.


A conscientização dos gestores públicos a usarem a tecnologia para o turismo é um desafio importante para o desenvolvimento do setor, sendo que pode trazer benefícios e criar novas oportunidades de negócio e inovação, para explorar novos mercados, segmentos e produtos turísticos.


Para isso, é preciso que os gestores públicos tenham uma visão estratégica e integrada do turismo, planejem e organizem o setor em seus diferentes níveis, e invistam em capacitação, infraestrutura e parcerias.


fab

Autor: Marcel Hübner Brandão

Administrador de empresa, CEO do Aplicativo Guia, CIO do Programa São Paulo Mais Perto e Brasil Mais Perto e Vice-Presidente de Tecnologia no Turismo da FebturSP...


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** Todo artigo em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados, não reflete necessariamente a opinião do programa São Paulo Mais Perto.


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