8 Dicas para sua Cidade Atrair Mais Turistas Seniores

Cada vez mais os gestores do turismo percebem o potencial do visitante senior. Além de, em média, terem mais dinheiro para gastar, são pessoas que viajam fora da temporada, são bastante civilizadas no trato ao patrimônio público e dificilmente cometem qualquer ilícito como fazer xixi na rua, desrespeitar leis de trânsito ou falar em tom de voz muito alta no meio da noite.

De um ponto de vista econômico, o viajante senior ajuda a manter estável a atividade dos mais de 50 setores econômicos impactados pelo turismo, particularmente fora da alta temporada. Isso ajuda, e muito, a manter o nível de empregos e a taxa de ocupação de hotéis

Atrair o turista senior só traz vantagens. Porém, ele tem muitas opções e não basta a cidade querer atrai-lo. Tem de saber ofertar aquilo que ele precisa ou gosta. As 8 dicas abaixo estão baseadas na experiência brasileira e, principalmente, europeia.

1. A cidade precisa estar convencida de que o turismo senior é alavanca de crescimento. Sempre que se fala em promover o turismo senior surgem receios de se perder os demais segmentos turísticos por uma imaginária associação do destino a um “lugar de velhos”. Essa dicotomia é falsa. Atrair um segmento de mercado só interfere em outro se a cidade for muito pequena e precisar definir uma vocação. Caso contrário, tem espaço e atrações para todo mundo
2. Capacitação e Qualificação Profissional: pessoas mais velhas são mais lentas na tomada de decisão, podem não escutar ou ler muito bem, as vezes não entendem gírias ou a forma como o atendente se expressa e nem sempre lidam bem com sistemas automatizados. Capacitar os profissionais que lidam com o turista maduro é crucial Melhorias nos Equipamentos Urbanos: os espaços turísticos precisam oferecer o mínimo necessário de conforto e recursos para uma boa permanência da população mais velha. Isso inclui o aumento na disponibilidade de bancos para descanso, água e sombra
3. Cardápios: é extremamente conveniente que bares e restaurantes disponibilizem opções de baixa caloria, baixa gordura, pouco açúcar e comida saudável em geral. Bem como sejam capazes de atender a pedidos especiais (ex: “sou alérgico a glúten”, “tenho intolerância à lactose”, “tenho diabetes”, etc)
4. Slow Travel: os passeios lentos e pouco demandantes em termos físicos são muito apreciados. É preferível demorar para cumprir um roteiro mais curto do que forçar as pessoas a um desgaste físico exagerado História e Cultura: turistas mais velhos adoram conhecer a cultura local, visitar lugares históricos, apreciar arquitetura, relembrar personagens importantes que nasceram ou viveram no local, ouvir histórias pitorescas, visitar museus e interagir com os moradores. Jovens gostam mais de aventuras. Valorize seu patrimônio
5. A viagem começa em casa: para um turista senior, a viagem e seus prazeres (ou problemas) começam no minuto em que ele pisa na calçada na frente de sua casa. A experiência toda poderá ser prejudicada por um início ou um término ruim da viagem, mesmo que os problemas aconteçam em sua cidade de origem. Algumas operadores de turismo começam a oferecer serviços de transfer a partir da residência do turista, e não apenas do seu ponto de chegada na cidade. Hotelaria: facilidade de mobilidade, boa qualidade do atendimento e adaptabilidade dos quartos são três fatores essenciais. Não é necessário reformar o hotel inteiro de uma vez só para melhorar as instalações de banheiro e mobiliário. Isso pode ser feito aos poucos, durante os períodos normais de manutenção e modernização